É um prazer acompanhar-lhe em sua jornada
Um espaço para reverberar o desejo genuíno de vivenciar.
Boas Vindas!
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Seriamente Lúdico - Um Fenômeno Anestésico
Mas e quando somos lúdicos? Genuinamente, instintivamente; E quando externamos um sentido inicialmente interno capaz de provocar risos?
Note, caro leitor, que escrevi "capaz", destacando somente a potencialidade do afeto como ato lúdico. É possível, sim, que encontremos em nós o desejo de provocar risadas, e então precisaríamos traçar um longo caminho para compreender - se desejado o aprofundamento - qual a motivação capaz de "mecanizar" nossa intencionalidade, podar nossa espontaneidade e fazer a risada de outrem ser recebida como uma necessidade.
Apesar de todas as possibilidades existenciais que atravessam o ato lúdico, o parágrafo anterior visa distanciá-lo da mecanização deste afeto, pois este não é o foco deste pequeno ensaio, e ironicamente, após ter aberto essa porta, peço que a deixe ao menos fechada por enquanto, pois preciso chamar-lhe a consciência para algo diferente:
O ato lúdico genuíno, o irrompimento da criatividade através dos sentidos e significados que nos atravessam diante do mundo.
A minha vida inteira sempre fui tomado como uma figura cômica, talvez não sempre de uma maneira positiva, mas apesar de importar e doer, não é relevante a mim mesmo; Não é relevante porque dentro do explorar das minhas intenções não encontrei a necessidade de se fazer rir, mas sim a risada genuína de situações que conversavam comigo, mesmo diante da concretude da realidade. Muitas vezes, só me cabia o espaço de rir sozinho do diálogo interno que se formava comigo, apesar de externalizado, não o via causando as mesmas risadas nos outros do que em mim mesmo.
Explorando esta afetividade, me abrindo para a possibilidade de ser o que sou e ficando cada vez mais íntimo do meu lado lúdico, pude constatar com leveza que não pretendo levar a vida tão a sério ao ponto de não rir de aspectos que conversam com a ironia do sentido, ao mesmo passo de que nunca fui considerado ou intencionado uma séria figura cômica, comprometida o suficiente com seu papel para que fosse necessário provocar risadas, não que haja algum problema nesta necessidade...
A sutileza de sentir o afeto está na própria manifestação dele em sua história. Não desejo a você, caro leitor, nem a ninguém, que a vida seja levada tão a sério ao ponto de que as risadas se tornem uma necessidade restrita, violenta; muito menos que não se veja sentido em entregar-se para aquilo que o faz gargalhar e presenciar descontração. Concluo aqui: nem o desejo do lúdico ou sua manifestação podem ser de fato seriamente medidos, muito menos colocados em contrapontos categóricos, este texto por si só é uma grande brincadeira;
A questão é: o que você sente? A dor tem feito morada ao ponto de precisar buscar a risada? O devaneio? O anestesiar-se?
Já que em nenhum momento estávamos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Mais Vivenciados
Rêverie - Uma Introdução em Trocadilhos Existenciais
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário